Ana Paula Lobo – Convergência Digital
Os cursos técnicos são essenciais para a atração de jovens para a carreira de Tecnologia, mas há muito por trabalhar, uma vez que, hoje, apenas 8% dos alunos matriculados no ensino médio cursam escolas técnicas, como revelou Wandemberg Venceslau, secretário de Educação Profissional e Tecnológica do ministério da Educação, ao participar de debate Educação para as Novas Ocupações, mediado pela presidente da Microsoft, Tania Cosentino, e com a participação também d Prof. Dr. Alexandre Martins, Analista em Ciência e Tecnologia da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
A demanda por profissionais é crítica na área de TICs- são formados 46 mil por ano, mas há uma demanda maior e boa parte dos formados precisa passar por uma recapacitação, afirma a presidente da Microsoft, Tania Cosentino. Wandemberg Venceslau contou que, atualmente, 215 cursos da grade curricular do MEC são voltados para a formação técnica em tecnologia.
Ele também defendeu a participação das empresas mais próximas à base nacional curricular. “Nosso modelo prevê 1200 horas no ensino médio. Hoje cinco estados já homologaram essa prática e outros sete estão em processo. Ter as empresas é importante para juntarmos esforços”, pontuou.
Para o professor Alexandre Martins, do CAPES, voltado para o curso superior, um dos pontos críticos para ter melhores profissionais é o da capacitação dos professores. “É claro que o professor precisa ter mais intimidade com a tecnologia, mas a inovação tecnológica não precisa ser cara ou excessiva. O professor tem de combinar conhecimento da tecnologia com capacidade para formar o social, para formar o aluno também na parte humana. A digitalização impõe esse cuidado”, ponderou o especialista.
Ainda para Martins, seria necessário que mecanismos de incentivos fiscais, como a Lei do Bem pudesse ser usada para o fomento aos cursos técnicos. Wandemberg Venceslau, do MEC, contou que há iniciativas em curso no ministério para incrementar os cursos técnicos. Uma delas é a mentoria na educação profissional para 10 mil docentes, para a orientação dos alunos do nono ano, ainda em dúvida sobre as suas trajetórias pessoal e profissional.
Também falou programa Qualifica+, criado no começo deste ano, com sete mil vagas e com cursos de qualificação 100% online com até 200 horas de duração. “Essa iniciativa está expandindo e acreditamos muito nela para atrair não apenas os jovens, mas aqueles profissionais que precisam passar por uma requalificação em busca de uma vaga de emprego”, completou.
Fonte: Convergência Digital
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