Aplicar a tecnologia para interação entre cidadãos e o poder público, aumentando a qualidade da gestão e o bem-estar social. Mas como impulsionar a adoção das TICs e fomentar para que cada vez mais cidades sejam inteligentes? A pandemia acelerou a adoção, mas é preciso fazer mais e preparar todas as esferas para o futuro. Essa foi a tônica do debate entre a deputada federal Angela Amin, do PP/Santa Catarina, e o secretário nacional de mobilidade e desenvolvimento regional e urbano, Tiago Pontes Queiroz, com moderação de Affonso Nina, CEO do Grupo Sonda Brasil.
A deputada catarinense citou que a Política Nacional de Cidades Inteligentes prevê um espaço urbano orientado para investimento em capital humano e social, o desenvolvimento econômico sustentável e uso de tecnologias disponíveis para aprimorar e interconectar os serviços e a infraestrutura das cidades, de modo inclusivo, participativo, transparente e inovador, com foco na elevação da qualidade de vida e do bem-estar dos cidadãos. “As pessoas são a síntese das cidades inteligentes e é preciso articular a hélice quádrupla do ecossistema do intraempreendedorismo social, com setor empresarial, instituições públicas, sociedade civil e setor do crescimento”, enfatizou.
Angela Amim também destacou que sem investimento não é possível avançar ou se avança pouco; e ressaltou que é preciso preparar as pessoas para este novo momento. Entre os avanços, enumerou o Fundo Nacional de Desenvolvimento de Cidades Inteligentes (FNCI) para captar recursos financeiros e apoiar iniciativas municipais e interfederativas para o desenvolvimento; programa de capacitação para gestores públicos municipais e estaduais; e o apoio por parte de entes federais a iniciativas locais. “Minha esperança neste momento é que não seja processo de modismo, porque cidade inteligente é um novo conceito de ver o cidadão em seu ambiente de vida e o que nos podemos colocar à disposição na busca de qualidade de vida”, resumiu.
Já o secretário Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano, Tiago Queiroz, destacou que o governo federal enxerga o tema de cidades inteligente como sendo de bastante relevância para o desenvolvimento urbano. “Cidades, para serem inteligentes, não são apenas conjuntos de tecnologia associadas, mas aquelas que otimizam a parte de gestão e prioriza o bem-estar da população como um todo. Uma cidade para ser inteligente deve seguir uma evolução na área social e precisamos que cada vez mais a população esteja inserida na gestão municipal e que sejam feitas diversas mobilizações”, assinalou.
O secretário retomou o tema da Carta Brasileira para Cidades Inteligentes, uma iniciativa da Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano do Ministério do Desenvolvimento Regional (SMDRU/MDR), em parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com o Ministério das Comunicações (MCom) e com a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.
“Houve consulta pública para discutir o que é cidade inteligente e publicamos a Carta para Cidades Inteligentes, que orienta governos municipais e estaduais sobre como fazer a transformação para ter uma região inteligente”, disse. “Aqui dentro da secretaria fizemos ajustes nos manuais orçamentários para termos projetos de água 4.0, saúde 4.0, educação 4.0, possibilitando investimentos nestas áreas”, acrescentou, sem entrar em detalhes, mas informando que, em 2020, “quase R$ 100 milhões foram destinados a ações específicas para cidades inteligentes”.
Fonte: Convergência Digital
https://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=56464&sid=3